Ontem me espantou muito, mesmo sem me surpreender, a abordagem dada pelos telejornais sobre o Projeto de Lei Complementar 122/2006, que trata da punição a quem cometer discriminação contra homossexuais, as chamadas televisivas falavam em uma "lei polêmica", em uma lei que "vai dar o que falar", alegando que tal projeto trata de um assunto que coloca ideologias em confronto. Pera ai, que ideologia é essa que pode ser contra a punição de homofóbicos? Só pode ser uma ideologia neo-fascista.
O "jornal hoje" da toda poderosa, querendo passar a falsa imagem de democrático, trouxe um link ao vivo direto de Brasília, onde de um lado tínhamos o deputado Jean Willys do PSOL, assumidamente homossexual e que recentemente foi ameaçado de morte por fanáticos religiosos por defender o PLC 122/2006, e de outro um deputado do PSDB, juro que não lembro o nome, membro da "Frente Parlamentar em defesa da Vida", e pastor de uma igreja evangélica.
O deputado Jean Willys, pautou sua defesa da lei 122/2006, prioritariamente em questões humanísticas, sobre os direitos humanos e sobre a própria constituição que garante igualdade a todos os cidadãos independentemente de credo, raça, cor, religião e orientação sexual. O que me espantou na defesa do nobre parlamentar do PSDB foi justamente o fato de ele querer justificar seu preconceito na constituição de 1988, dizendo que tal lei fere o princípio de isônomia pois concede privilégios a um determinado seguimento da sociedade, de certo ele prefere que o privilégio continue sendo do agressor e não do agredido.
A Frente Parlamentar em Defesa da Vida (não sei vida de quem) defende ainda que o PLC 122/2006 fere o direito da liberdade de expressão, pois segundo eles, suas religiões devem ter liberdade para pregar contra o homossexualismo, eles se acham no direito de ensinar a suas crianças em catequeses e escolas dominicais da vida, que devem repudiar pessoas com orientação sexual diferentes da sua, é para isso que eles querem liberdade, liberdade para agredir. Comparam ainda tal ato com a censura militar.
Imaginem agora, se o preconceito dever ser tolerado por fazer parte de um dogma religioso, isso vai criar margem para daqui a pouco tempo, termos religiões contra os negros, contra pobres, contra índios, contra mulheres (se bem o cristianismo já é machista suficiente), contra deficientes, ou contra qualquer outra coisa, e não poderiam ser acusadas de discriminação pois se isso ocorresse seriam vítimas de censura, ou discriminação religiosa.
Vendo tudo isso, e principalmente o uso que as religiões querem dar para a liberdade de expressão, lembro de um conselho que meu finado avô sempre me repetia quando eu era criança e cometia algum excesso contra outras pessoas, e acho que tal conselho é mais que apropriado para esses religiosos: "SUA LIBERDADE TERMINA ONDE COMEÇA A DO OUTRO".
O "jornal hoje" da toda poderosa, querendo passar a falsa imagem de democrático, trouxe um link ao vivo direto de Brasília, onde de um lado tínhamos o deputado Jean Willys do PSOL, assumidamente homossexual e que recentemente foi ameaçado de morte por fanáticos religiosos por defender o PLC 122/2006, e de outro um deputado do PSDB, juro que não lembro o nome, membro da "Frente Parlamentar em defesa da Vida", e pastor de uma igreja evangélica.
O deputado Jean Willys, pautou sua defesa da lei 122/2006, prioritariamente em questões humanísticas, sobre os direitos humanos e sobre a própria constituição que garante igualdade a todos os cidadãos independentemente de credo, raça, cor, religião e orientação sexual. O que me espantou na defesa do nobre parlamentar do PSDB foi justamente o fato de ele querer justificar seu preconceito na constituição de 1988, dizendo que tal lei fere o princípio de isônomia pois concede privilégios a um determinado seguimento da sociedade, de certo ele prefere que o privilégio continue sendo do agressor e não do agredido.
A Frente Parlamentar em Defesa da Vida (não sei vida de quem) defende ainda que o PLC 122/2006 fere o direito da liberdade de expressão, pois segundo eles, suas religiões devem ter liberdade para pregar contra o homossexualismo, eles se acham no direito de ensinar a suas crianças em catequeses e escolas dominicais da vida, que devem repudiar pessoas com orientação sexual diferentes da sua, é para isso que eles querem liberdade, liberdade para agredir. Comparam ainda tal ato com a censura militar.
Imaginem agora, se o preconceito dever ser tolerado por fazer parte de um dogma religioso, isso vai criar margem para daqui a pouco tempo, termos religiões contra os negros, contra pobres, contra índios, contra mulheres (se bem o cristianismo já é machista suficiente), contra deficientes, ou contra qualquer outra coisa, e não poderiam ser acusadas de discriminação pois se isso ocorresse seriam vítimas de censura, ou discriminação religiosa.
Vendo tudo isso, e principalmente o uso que as religiões querem dar para a liberdade de expressão, lembro de um conselho que meu finado avô sempre me repetia quando eu era criança e cometia algum excesso contra outras pessoas, e acho que tal conselho é mais que apropriado para esses religiosos: "SUA LIBERDADE TERMINA ONDE COMEÇA A DO OUTRO".